Alentejo em destaque na Fodor's
O site da Fodor's, a maior editora de viagens do mundo de língua inglesa, revela as "riquezas" do Alentejo incentivando os leitores a visitar a região. O artigo publicado na passada quarta-feira destaca a cidade de Évora, a região vinhateira, a cozinha alentejana e as aldeias localizadas no topo de colinas.
A editora norte-americana, que no ano passado já tinha destacado Portugal, sublinha que "a maioria dos visitantes passam pelo Alentejo para irem para o Algarve", mas é um "erro não visitar essa região um dia ou dois", pelo facto de ser um destino com enorme "valor cénico, rico em história, arquitetura e gastronomia".
A cidade de Évora, património Mundial da Unesco, é descrita como "a base perfeita para explorar o Alentejo e uma séria concorrente à cidade mais bonita de Portugal".
A Fodor's aconselha os visitantes a passar pela Praça do Giraldo, no centro de Évora, pela Igreja de São Francisco, onde fica a Capela dos Ossos, e pela Igreja dos Loios, "cujo interior é revestido com lindos azulejos azuis".
O Templo de Diana está também entre as escolhas da editora, recomendando os turistas que visitem aquele monumento "ao pôr-do-sol, quando as colunas coríntias preservadas estão iluminadas".
Já na zona vinhateira alentejana, que produz quase metade do vinho em Portugal, a Fodor's aconselha a visita à Herdade do Esporão, onde se pode observar uma "vista espetacular sobre as colinas castanhas e o lago cristalino no vale".
O passeio pela herdade leva os visitantes pelas adegas, onde se podem ver os tanques de fermentação e as cubas de aço onde os produtores pisam a uva. As adegas "assemelham-se aos túneis do metro, com altos tetos abobadados e passagens a contraluz alinhadas com os barris".
A cozinha alentejana é também uma dos "pratos fortes" do artigo, sendo caracterizada pela abundância de "ingredientes frescos, pelo pão caseiro usado em guisados substanciais acompanhado pelo queijo de ovelha (Queijo de Serpa)".
A gastronomia da região alentejana é também conhecida, diz a editora, pela carne de porco preto. "A partir destes animais é retirado o presunto ibérico, com o seu sabor rico, (...) e para sobremesa, não é possível errar com os muitos bolos de doce de ovos".
No Alto Alentejo, a Fodor's destaca as várias fortificações que rodeiam vilas, dando o exemplo de Estremoz "com a sua fortaleza totalmente restaurada" e Elvas, cujo "secular aqueduto ainda está em uso".
Mais a Norte, ao longo da froteira com Espanha, o Marvão "é talvez o mais espetacular de todos eles, com o seu castelo dramaticamente no cimo de um penhasco com vista para toda a região".
Pode consultar AQUI o artigo completo da Fodor's.
Final da Champions traz 20 voos ao Aeroporto de Beja
O Aeroporto de Beja prepara-se para receber um aumento significativo no número de voos e passageiros nos próximos três dias.
A final da Liga dos Campeões, este sábado, é o principal motivo que traz ao aeroporto alentejano um elevado número de voos. De acordo com a informação recolhida pela Rádio Pax junto Divisão de Relações com a Comunicação Social da ANA Aeroportos, Beja vai receber entre 15 a 20 voos.
Cerca de 90% dos passageiros chegam no sábado. Os voos não têm origem só em Espanha. Os aviões com destino a Beja chegam de toda a Europa.
Recorde-se que o Aeroporto de Beja faz parte dos aeroportos com condições especiais de funcionamento para a final da Liga dos Campeões, de maneira a facilitar o descongestionamento do Aeroporto de Lisboa.
Ainda quanto à operação que envolve esta final e como a Rádio Pax avançou na emissão de hoje, o Comando Distrital de Beja da PSP vai enviar agentes para Lisboa para reforço da segurança no dia do jogo.
Évora em destaque em jornal online brasileiro
Um pedaço de aqueduto do século 16 é a marca maior de Évora, uma das belas cidades da região portuguesa do Alentejo – para além do Tejo, o rio que nasce na Espanha e banha Lisboa. Em Évora, entre as paredes de pedra do aqueduto que levava água para a praça do Giraldo, está o M´Ar de Ar, um hotel de luxo cujo estranho nome tenta definir a região: "O Alentejo é um mar de planícies, mas o m'ar que aqui se respira e nos hipnotiza é um m'ar de céu, um m'ar de estrelas, um m'ar de Ar!".
Por essas planícies xistosas (ricas de granito e mármore), parecidas com os Campos Gerais do Paraná, plantam-se uvas e cereais e nesta primavera há flores como papoulas, línguas-de-vaca, margaridinhas silvestres e alfazemas. Em vez de araucárias, oliveiras para as azeitonas e os azeites de primeira qualidade. Em vez da bracatinga, os sobreiros para produzir cortiça, embora a árvore demore 30 anos para gerar a matéria-prima das rolhas e, depois da primeira "colheita", mais nove para voltar a formar, no caule, a casca grossa da cortiça.
Na rota do vinho do Alentejo, o castelo de Monsaraz domina os muros da antiga fortaleza, entregue no século 12 à guarda dos Templários – cruzados encarregados de guardar o Santo Graal. Ainda há sinais de sua passagem pelas fachadas das casas, brancas com detalhes em azul e amarelo e com pátios internos, além de antiquíssimas chaminés. Permanecem praticamente intactas a antiga Casa da Inquisição e o Pátio da Guarnição – onde, apesar de ser proibido, todo ano tem tourada com morte do touro e distribuição da carne à assistência.
Estremoz, outro castelo, nasceu no topo de uma colina, entre olivais. Na fortaleza está a Torre das Três Coroas, com 27 metros de mármore apontando para o céu. Bem antes da expansão do vinho, o mármore foi o "ouro branco" do Alentejo. Ainda se extrai bastante, mas a morte do principal comprador causou um grande baque nos negócios: era ninguém menos que Saddam Hussein.